Essa música me parece o início de uma caminhada histórica para o nosso país. E como tal, não poderia deixar de ser lembrada, não só por nós, "pobres mortais", como por muitos artistas, como Zé Ramalho e a banda Charlie Brown Jr, que regravaram a música.
Geraldo Vandré, Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo, apresentou a canção Pra não dizer que não falei das flores no Festival Internacional da Canção, no ano de 1968 e, até hoje, é aclamado por isso.
No entanto, mesmo com essa canção lindíssima, perdeu o primeiro lugar para a música Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque, mas não sem que o seu público fizesse questão de vaiar, durante longos dez minutos, as cantoras Cynara e Cybele, que interpretaram a música do Tom e do Chico. E, apesar de achar que vaiar é uma enorme falta de educação, entendo essa reação.
No entanto, mesmo com essa canção lindíssima, perdeu o primeiro lugar para a música Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque, mas não sem que o seu público fizesse questão de vaiar, durante longos dez minutos, as cantoras Cynara e Cybele, que interpretaram a música do Tom e do Chico. E, apesar de achar que vaiar é uma enorme falta de educação, entendo essa reação.
Vandré começa a música incitando o povo à revolução, à seguir o que diz sua canção, escrita quase como um relato histórico e que, em partes, pode mesmo ser considerado como tal.
A cada estrofe, a cada frase, a cada palavra, Vandré vivia o regime militar e nos faz vivê-lo até hoje em suas músicas, tão forte e significantes são as palavras que usou em Pra não dizer que não falei das flores.
A primeira estrofe da música faz analogia a uma passeata de protesto e reafirma: somos todos (manifestantes e militares) iguais, braços dados ou não (ainda que não sigamos as mesmas vertentes de idéias).
E o refrão, daqueles que colam na cabeça como chiclete e não soltam mais, diz apenas que as pessoas não esperem que aconteça algo de ruim, que se mecham para mudar o que já não é bom e que pode piorar, pois, já diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.
Na terceira estrofe, Vandré relata uma triste ironia da ditadura: "Pelos campos há fome em grandes plantações", e outra vez toca nas passeatas, geralmente regidas por estudantes da época, ordinarialmente desorientados, desabrigados de apoio, "indecisos cordões", mas que "ainda fazem da flor seu mais forte refrão e acreditam nas flores vencendo o canhão.". São pessoas que ainda acreditam na força da palavra vencendo a violência.
E então, como um clamor sofrido na voz de Vandré, a música toca outra vez o refrão.
E, mostrando um lado que muitos hoje em dia não enxergam, Vandré faz da quinta estrofe sua visão dos militares: homens mal amados e armados, alienados pelas forças armadas. O interessante é notar que Geraldo Vandré sabia que a culpa da ditadura militar não era dos soldados. Eles também eram vítimas, pois realmente acreditavam nas lições que aprendiam e nos ideais que lhes pregavam.
E a visão de Vandré dos soldados como vítimas se confirma na sétima estrofe. Ele diz: "somos todos soldados, armados ou não.". Ele quis dizer: "Somos todos vítimas, os soldados e os civis.".
E, como a música retrata, de certa forma, o hino de uma passeata de protesto, na oitava estrofe, Vandré relata esse ato, ato de amor, sem violência, onde sabemos que obteremos resultados, ato por meio do qual podemos mudar a história do país. Ato e fato realizado para reformular idéias, para aprender e ensinar uma nova lição.
Em uma música de rimas fracas, de melodia mais do que simples, de refrão repetitivo, como as boas músicas, Vandré provou que "A vida não se resume em festivais.", que a vida vai mais além e que esperar não nos levará a lugar nenhum.
A cada estrofe, a cada frase, a cada palavra, Vandré vivia o regime militar e nos faz vivê-lo até hoje em suas músicas, tão forte e significantes são as palavras que usou em Pra não dizer que não falei das flores.
A primeira estrofe da música faz analogia a uma passeata de protesto e reafirma: somos todos (manifestantes e militares) iguais, braços dados ou não (ainda que não sigamos as mesmas vertentes de idéias).
E o refrão, daqueles que colam na cabeça como chiclete e não soltam mais, diz apenas que as pessoas não esperem que aconteça algo de ruim, que se mecham para mudar o que já não é bom e que pode piorar, pois, já diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.
Na terceira estrofe, Vandré relata uma triste ironia da ditadura: "Pelos campos há fome em grandes plantações", e outra vez toca nas passeatas, geralmente regidas por estudantes da época, ordinarialmente desorientados, desabrigados de apoio, "indecisos cordões", mas que "ainda fazem da flor seu mais forte refrão e acreditam nas flores vencendo o canhão.". São pessoas que ainda acreditam na força da palavra vencendo a violência.
E então, como um clamor sofrido na voz de Vandré, a música toca outra vez o refrão.
E, mostrando um lado que muitos hoje em dia não enxergam, Vandré faz da quinta estrofe sua visão dos militares: homens mal amados e armados, alienados pelas forças armadas. O interessante é notar que Geraldo Vandré sabia que a culpa da ditadura militar não era dos soldados. Eles também eram vítimas, pois realmente acreditavam nas lições que aprendiam e nos ideais que lhes pregavam.
E a visão de Vandré dos soldados como vítimas se confirma na sétima estrofe. Ele diz: "somos todos soldados, armados ou não.". Ele quis dizer: "Somos todos vítimas, os soldados e os civis.".
E, como a música retrata, de certa forma, o hino de uma passeata de protesto, na oitava estrofe, Vandré relata esse ato, ato de amor, sem violência, onde sabemos que obteremos resultados, ato por meio do qual podemos mudar a história do país. Ato e fato realizado para reformular idéias, para aprender e ensinar uma nova lição.
Em uma música de rimas fracas, de melodia mais do que simples, de refrão repetitivo, como as boas músicas, Vandré provou que "A vida não se resume em festivais.", que a vida vai mais além e que esperar não nos levará a lugar nenhum.
Vim agradecer seu comentário em meu blog tive uma feliz surpresa,ele tem um pouco das duas maiores paixões da minha vida: musica e literatura, ainda nao conhecia este livro e confesso que como boa devoradora de livros que sou já estou com aquela anseio, aquele impulso q os viciados tem por saciar sua vontade, no meu caso a vontade é de livros, bons livros rsrs....Gostei tbm bastante do post sobre a musica piano bar que é de longe a minha musica favorita...Beijos e sucesso!
ResponderExcluirhttp://www.ensaiosanseiosedelirios.blogspot.com
nao vai ter olimpiada
Excluiradorei esse comentario me ajudou muito num trabalho escolar
ResponderExcluirSUA INTERPRETAÇAO FOI MARAVILHOSA. ESTOU FAZENDO UM TRABALHO PARA A UNIVERSIDADE SOBRE ESTE TEMA E VALEU MUITO. BJ.
ResponderExcluirna minha opinião essa é a musica mais bonita e significativa de todos os tempos na musica popular brasileira que em cada palavra existe um signifcado que deva esperança e crença num futuro de liberdade e paz infelizmente hoje em dia as pessoas principalmente os jovens não valorizam a verdadeira essencia da arte que essa musica representa o fato é que tem gente que nunca a ouviu e não tem nem noção da grandeza de uma musica bem feita hoje em dia em uma musica pessoas cantam qualquer coisa em seus microfones e sempre tem um babaca que da aundiencia para o verdadeiro lixo da cultura brasileira porque alem do mais, infelizmente funk tambem é uma das culturas do Brasileiras não sou filosofo e nem poeta sou só um adolescente se expressando e se alguem teve saco de ler tudo isso e concorda comigo temos que da um futuro pra esse pais esse papo que uma pessoa nao faz diferença na sociedade é mentira basta ter força de vontade e acreditar nos seus ideais
ResponderExcluirrealmente vivemos em um mundo cheio de fantasia e ilusoes estar na hora nós agir de forma inteligente e não deixar dominar os nossos direitos,que temos pois somos cidadão e não pessoas que se deixam ser levadas por festivais e emoções. cleverson
ResponderExcluirmuito bom
ResponderExcluirTrabalho de aula oq responder
ResponderExcluirA repetição desses versos reforça que idéia ?