A arte de dedicar a vida aos filhos é admirável. No entanto, mais admirável é o amor de deixá-los irem embora. É sobre isso que fala Voa Bicho, sobre quando os filhos tornam-se independentes.
A primeira estrofe começa com uma frase que se repete sempre durante a música: "A andorinha voou, voou.", o que me faz crer que o eu lírico, provavelmente um pai ou mãe, ainda incrédulo, tenta convencer-se de que seu filho cresceu, tarefa muito difícil. E ele continua, atormentado, relatando a confusão na qual transformou-se sua vida, uma vida que, após concluída a missão de criar os filhos, torna-se sem rumo.
E o eu lírico segue falando de sua dor. O filho, antes um pertence seu, voou, e levou consigo um pedaço do coração paterno, causando imensa dor. E, agora, resta-lhe apenas, como um passarinho acabado de sair do ninho, recomeçar a vida.
E, na terceira estrofe, o eu lírico fala da emoção que sente o filho, ainda mais se adolescente, quando experimenta o ato único de voar sozinho; a felicidade estampada no rosto decorrente da independência; e relata os feitos do filho, a jovialidade, a vida pela frente. No entanto, não deixa de lado seu instinto natural de protetor e lembra: "sozinha [a andorinha] não faz verão.".
A canção resume-se no ato do pai (pai e mãe) abrir mão dos anos de sua vida dedicados aos cuidados com o filho (filho, filha, filhos e filhas) e deixá-lo ir sem cobrar nada e, ainda assim, continuar pronto para qualquer emergência, qualquer necessidade do seu filho.
Sobre a Autora:
Thamirys Pereira tem catorze anos, é aluna do curso integrado ao ensino médio de Controle Ambiental no IFPB e idealizadora do Blog Interpretação Pessoal. Continue lendo sobre Thamirys Pereira ou Sobre o Blog Interpretação Pessoal. |
concordo com a interpretaçao!
ResponderExcluirsingela e simploria letra, porem rica de "folclores".
ResponderExcluirThamiris,
ResponderExcluirDesculpe fiz um comentários sobre os autores e só depois é que vi essa página aqui. Continue isso é legal e escrever é mágico assim como ler. abrç