O filósofo, Raul Seixas |
A música Medo da Chuva é o resultado de uma das muitas parcerias entre Raul Seixas e Paulo Coelho. E, como tal, não poderia deixar de ser bela e ter um significado intrigante.
Nesta bela canção, Raul Seixas fala por um eu lírico que liberta-se do casamento e torna-se pronto para uma nova vida.
Segue abaixo um video do Raul Seixas cantando ao vivo Medo da Chuva, no ano de 1984, na casa de Zé Ramalho, no Rio de Janeiro.
A qualidade da imagem não é muito boa, no entanto, deve-se levar em consideração o ano da gravação.
Nessa música, Raul Seixas assume o papel de marido descontente com o casamento e dá voz a essa personagem. Em uma seresta tipicamente nordestina, o baiano expõe o homem que perdeu o medo da chuva, o medo do novo.
Logo nos primeiros versos, o eu lírico lamenta o fato de sua mulher ter para com ele um sentimento de pertecimento incômodo, tratando-lhe como escravo que jamais irá embora, que jamais obterá a liberdade. Como uma pedra imóvel e sempre inerte, que ficara sempre ao seu (dela) lado.
E o marido realmente agia como uma pedra inerte. Seu corpo se fazia presente sempre ao lado de sua mulher. No entanto, seus pensamentos voavam longe. Pensava nos amores e nas oportunidades e possibilidades que deixou de viver por ter, tão cedo, optado pelo casamento.
Mas o marido, então inerte, por razão do medo do desconhecido, perdo o medo do novo. Perde o medo do novo (eu perdi o meu medo da chuva), pois assim, reencontrará aquilo que deixou para trás (pois a chuva voltando pra terra trás coisas pro ar).
O eu lírico (marido) diz que aprendeu o segredo da vida, olhando para si memso e seu sofrimento. Diz que aprendeu o segredo da vida vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar. Pedras estas que comparou a si na segunda estrofe.
E o eu lírico dá a sua opinião sobre o casamento com o primeiro amor: não é a melhor opção. A verdade que ele tenta transmitir é que nenhum casamento durará feliz para sempre. E que, jurando amor eterno, estará traindo a si mesmo, pois não poderá garantir que seu amor durará para sempre. O marido mostra necessário que se conheça que, depois das juras de amor, estará comprometido para todo sempre e, ainda que perca o medo da chuva, nada destruirá ou desfazerá as palavras ditas no altar.
Portanto, o melhor - para o eu lírico - seria que, de alguma forma, as pessoas aproveitassem ao máximo a vida amorosa e social, para então descobrir os diferentes tipos de amor.
Logo nos primeiros versos, o eu lírico lamenta o fato de sua mulher ter para com ele um sentimento de pertecimento incômodo, tratando-lhe como escravo que jamais irá embora, que jamais obterá a liberdade. Como uma pedra imóvel e sempre inerte, que ficara sempre ao seu (dela) lado.
E o marido realmente agia como uma pedra inerte. Seu corpo se fazia presente sempre ao lado de sua mulher. No entanto, seus pensamentos voavam longe. Pensava nos amores e nas oportunidades e possibilidades que deixou de viver por ter, tão cedo, optado pelo casamento.
Mas o marido, então inerte, por razão do medo do desconhecido, perdo o medo do novo. Perde o medo do novo (eu perdi o meu medo da chuva), pois assim, reencontrará aquilo que deixou para trás (pois a chuva voltando pra terra trás coisas pro ar).
O eu lírico (marido) diz que aprendeu o segredo da vida, olhando para si memso e seu sofrimento. Diz que aprendeu o segredo da vida vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar. Pedras estas que comparou a si na segunda estrofe.
E o eu lírico dá a sua opinião sobre o casamento com o primeiro amor: não é a melhor opção. A verdade que ele tenta transmitir é que nenhum casamento durará feliz para sempre. E que, jurando amor eterno, estará traindo a si mesmo, pois não poderá garantir que seu amor durará para sempre. O marido mostra necessário que se conheça que, depois das juras de amor, estará comprometido para todo sempre e, ainda que perca o medo da chuva, nada destruirá ou desfazerá as palavras ditas no altar.
Portanto, o melhor - para o eu lírico - seria que, de alguma forma, as pessoas aproveitassem ao máximo a vida amorosa e social, para então descobrir os diferentes tipos de amor.
faltou a letra
ResponderExcluirprocura no google
Excluirgostei.
ResponderExcluirAdorei a interpretação, nota 10!
ResponderExcluirOuvi dizer que é a história do próprio Raul!
ResponderExcluirO Raul fez essa música para a primeira esposa dele, segundo contou a segunda esposa do Raul, no documentário "Raul Seixas, O Início, o fim e o meio", disponível no youtube.
ResponderExcluirEU sempre interpretei como "eu perdi o meu medo de amar"
ResponderExcluirMe descobri nessa música! estou passando por isso tb!
ResponderExcluirSensacional,sempre interpretações interessantes.Eu via este trecho "pois a chuva voltando pra terra trás coisas pro ar" como uma vantagem,um ponto positivo no desconhecido.A sua interpretação também faz muito sentido,mais que a minha
ResponderExcluirRsrsrs...e besteira fazer juras de amor sem conhecer o amor próprio!
ResponderExcluirConheço alguém que vive exatamente isso. E a frase que mais marca é :
ResponderExcluir"Que nessa vida só se ama uma vez"
Mas ele está preso as juras do altar e eu sou esse amor que ele só amou uma vez. Triste historia
É realmente muito triste, mas creio que seja também um momento muito importante para a auto descoberta. Pior do que isso talvez seria viver sem nunca dar-se conta dessa situação. Ao menos, sabendo, é possível que se faça algo a respeito.
ExcluirEspero sinceramente que essa situação se resolva da melhor maneira possível para os dois.
Um abraço e boa sorte,
Thamirys.
devo dizer que pelo que sei essa musica foi na verdade sobre o exílio qno qual ele ficou nos Estados Unidos (época da ditadura, ele e o Paulo coelho foram exilados por exporem seus pensamentos) ele foi retirado durante um show enquanto cantava ''Sociedade Alternativa" :)
ResponderExcluirMuito interessante
ResponderExcluirLetra linda q significa q n devemos ficar estagnado e aceitar tudo q alguém nos oferecem sem sermos felizes.
ResponderExcluirMuito interessante
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirÉ,a letra é interessante.Mas se invertermos os papeis ai a briga é grande.Se a esposa disser que "perdeu o medo da chuva" é capaz de dar até morte.Quando um homem se apega a sua esposa,ele leva muito em conta o que o padre falou:"até que morte os separe".
ResponderExcluirAcho q tem tudo tbm tinha haver c o sexo só depois do casamento q frustrava muita gente q qnd percebia netinha a química e muitas vezes o relacionamento ficava uma bosta só p conta do q o padre falou
ResponderExcluirPerfeitamente... Nem só de amor vive um relacionamento, tem que ter química, paixão...aproveitar ao máximo pq tudo é transitório...
ExcluirAdorei a interpretação.Parabéns!
ResponderExcluirInterpretaçao profunda. Muito bom 👍
ResponderExcluirEle sempre fala na segunda pessoa, bela musica.
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