O fato é que as músicas de hoje em dia falam sempre sobre o mesmo tema: falam sempre como o amor é lindo, ou como o amor faz doer. Entretanto não é esse o maior problema, mas sim o modo abordado por essas músicas para falar de amor. Parece não existirem mais modos inéditos para falar sobre qualquer tema e as músicas parecem mais plágios umas das outras.
Mas não é isso que acontece com a canção Piano Bar, do grande poeta Humberto Gessinger, que, mesmo falando de um relacionamento amoroso e seus desencontros, fez dessa música, entre "gurias", "fogo" e "luzes", uma grande poesia, de impacto extraordinário e conquistadora de muitos fãs.
Essa música, na minha visão um tanto quanto embaçada, relata o dia-a-dia emocional de um relacionamento precoce, desestruturado e, para ser mais exata, prematuro. Um relacionamento onde as partes, apesar da paixão, não se conhecem bem e, portanto, vão, ao longo do tempo, descobrindo um ao outro e, inevitavelmente, esbarrando com a decepção e o fim da paixão.
Os desencontros de um relacionamento podem ser muitos. Mas, em especial, quando um não conhece ou não respeita os limites do outro, tudo que se constrói durante um certo período de tempo pode ser perdido em segundos. Por isso, é importante que haja respeito no ato de relacionar-se, em especial quando amorosamente, fazer o que é certo para que tudo dê certo.
Outro grande agravante num relacionamento seria a monotonia. No entanto, quando se ama, ou ainda se pensa que ama, faz-se de tudo para fazer durar o amor. Ainda que exista a rotina desgastante e que não muda, é relevante. Assim se explicaria a frase "Quando o neon é bom, toda noite é noite de luar". Ou seja, mesmo com a distância que há num relacionamento, tudo ainda pode ser "corrigido" de forma artificial, como o luar é representado por um bom neon.
E, para comprovar o desgaste do relacionamento relatado, Humberto Gessinger cita frases de fácil entendimento e ainda assim complexas e inteligentes. Ele diz:
"Toda vez que falta luz, toda vez que algo nos falta,
O invisível nos salta aos olhos.
É um salto no escuro da piscina.
O fogo ilumina muito por muito pouco tempo.
E em muito pouco tempo, o fogo apaga tudo e tudo um dia vira luz.
E toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos."
Talvez os versos acima não façam muito sentido quando ouvidos ou lidos pela primeira vez. Entretanto, numa segunda análise, substituindo as palavras luz por amor, e fogo por paixão, tudo se encaixa. Gessinger, na minha opinião, quis dizer que o natural é que, quando a fantasia da paixão passe, o amor ocupe o seu lugar e o relacionamento siga seu curso naturalmente. Mas quando isso não ocorre, as pessoas ficam perdidas, sem saber ao certo o que fazer.
E, como falei de início, Piano Bar trata de um relacionamento prematuro que vai perdendo o encanto. O eu lírico da canção, provavelmente um homem, vai, com o passar do tempo, descobrindo, conhecendo a pessoa com a qual se relaciona. E percebe que nada é como ele um dia pensou ser e que o relacionamento faz mal tanto a um, quanto a outro.
Piano Bar, uma música que fala de amor e de como ele nos machuca, mas com uma beleza enorme e, acima de tudo, como ninguém antes falou.
Outro grande agravante num relacionamento seria a monotonia. No entanto, quando se ama, ou ainda se pensa que ama, faz-se de tudo para fazer durar o amor. Ainda que exista a rotina desgastante e que não muda, é relevante. Assim se explicaria a frase "Quando o neon é bom, toda noite é noite de luar". Ou seja, mesmo com a distância que há num relacionamento, tudo ainda pode ser "corrigido" de forma artificial, como o luar é representado por um bom neon.
E, para comprovar o desgaste do relacionamento relatado, Humberto Gessinger cita frases de fácil entendimento e ainda assim complexas e inteligentes. Ele diz:
"Toda vez que falta luz, toda vez que algo nos falta,
O invisível nos salta aos olhos.
É um salto no escuro da piscina.
O fogo ilumina muito por muito pouco tempo.
E em muito pouco tempo, o fogo apaga tudo e tudo um dia vira luz.
E toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos."
Talvez os versos acima não façam muito sentido quando ouvidos ou lidos pela primeira vez. Entretanto, numa segunda análise, substituindo as palavras luz por amor, e fogo por paixão, tudo se encaixa. Gessinger, na minha opinião, quis dizer que o natural é que, quando a fantasia da paixão passe, o amor ocupe o seu lugar e o relacionamento siga seu curso naturalmente. Mas quando isso não ocorre, as pessoas ficam perdidas, sem saber ao certo o que fazer.
E, como falei de início, Piano Bar trata de um relacionamento prematuro que vai perdendo o encanto. O eu lírico da canção, provavelmente um homem, vai, com o passar do tempo, descobrindo, conhecendo a pessoa com a qual se relaciona. E percebe que nada é como ele um dia pensou ser e que o relacionamento faz mal tanto a um, quanto a outro.
Piano Bar, uma música que fala de amor e de como ele nos machuca, mas com uma beleza enorme e, acima de tudo, como ninguém antes falou.
Olá!
ResponderExcluirNuma das minhas pesquisas no google, encontrei a interpretação por acaso, e devo lhe dizer que se antes eu era apaixonada pela música e achava Humberto um poeta virtuosíssimo, agora, muito mais.
Parabéns pela interpretação!
Bruna L. Marques, muito obrigada pelo elogio. Fico muito feliz que tenha gostado. Quanto ao Humberto, é como falei no post, ele fala de um jeito como ninguém jamais falou.
ResponderExcluirConcordo demais com sua interpretação. Mandou muito bem. :)
ResponderExcluirTambém ❤😍
ExcluirTenho uma interpretação diferente mas achei interessante seu ponto de vista. Ótimo blog.
ResponderExcluirGeralmente o título diz muito sobre a música, teria uma explicação para o título "Piano Bar"?
ResponderExcluirInfelizmente não, não tenho. Ainda tentei procurar algo que explicasse quando publiquei sobre a música (em vão). Desculpe não responder sua dúvida. Ainda assim, obrigada pelo comentário!
ExcluirTudo bem...
Excluir(esqueci de colocar o nome no anterior)
Gostei muito do post, aliás gosto muito da banda, gostaria que você falasse mais sobre outras músicas dela.
ResponderExcluircara, pra mim so tem uma interpretaçao possivel, apenas uma onde tudo faz sentido. Assim como a musica Quinta-Feira do
ResponderExcluirCharlie Brown Jr., Piano bar tbm foi feita para a COCAINA, tudo parece obvio quando vemos a "guria" como a droga.
"O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde e eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor"
Na primeira estrofe ele faz uma referencia ao vicio, onde ela esta pedindo mto dele que ja esta perdendo o rumo.
"Todos os dias eu venho ao mesmo lugar
Às vezes fica longe e impossivel de encontrar
Mas quando o neon é bom
Toda noite é noite de luar"
Neste paragrafo ele conta q vao ao mesmo lugar comprar a droga e quando ela eh boa, fica a noite toda em funçao de seu vicio.
"Toda vez que falta luz
Toda vez que algo nos falta
O invisível nos salta aos olhos
Um salto no escuro da piscina"
Aqui ele usa a paravra luz como um estado sobrido e quando faltaa luz o invisivel(alucinaçoes) aparecem.
"O fogo ilumina muito, por muito pouco tempo
Por muito pouco tempo, em muito pouco tempo
O fogo apaga tudo, tudo um dia vira luz
Toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos"
Essa eh provavelmente a parte onde ele deixa mais claro, a cocaina eh uma droga mto forte so q dura pouco tempo, a "pira" da cocaina seria o fogo, que eh mto forte so q rapido.
"Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia
Era o princípio num precipício
Era o meu corpo que caía"
Pensanado na guria como a cocaina fica facil de entender o precipicio onde seu corpo estava caindo, o vicio.
"Ontem à noite, a noite tava fria
Tudo queimava, nada aquecia
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão"
"No iníco era um precipício
Um corpo que caía
Depois virou um vício, foi tão difícil
Acordar no outro dia"
E aqui ele fala sobre como ficou dependente dessa guria em um momento de solidao da sua vida.
Oi, Arthur!
ExcluirÉ um ponto de vista, cara! Aliás, é um bom ponto de vista, embora eu já o tenha visto outras vezes e o ache literal demais pra ser verdade.
Acho que há um motivo pra o Gessinger ter retirado esses últimos versos que vc citou das gravações que sucederam a inédita: justamente não fazer com que as pessoas criem essa impressão de que a música fala da cocaína.
As pessoas confundem muito o artista com o eu lírico. A música pode até falar da droga (o que não acredito), mas não pq o Humberto já se drogou.
Obrigada!
Tem um conhecido meu "ex" usuário de cocaína e fala que guria é sim a droga, sempre que ouvimos piano bar, ele chega arrepiar! Fala que quem conhece sabe que "guria" é a droga....
ExcluirAcredito que quando ouvimos uma música associamos involuntariamente com uma situação que vivemos, e por isso há interpretações diferentes, nem por isso erradas. Como não uso drogas, para mim esta última não faz nenhum sentido, já a priimeira tem tudo haver. Depende da situação que nos for mais familiar, só isso!
ExcluirA expressão 'guria', no meu ponto de vista, é uma referência ao sentimento de tristeza e solidão. "eu conheci uma guria que eu já conhecia... de outros carnavais, com outras fantasias..." ou seja, a tristeza, velha conhecida, voltou a 'abraçar' o eu lírico, mas dessa vez com outra faceta.
ExcluirEu conheci uma guria que eu já conhecia
ExcluirDe outros carnavais
Com outras fantasias
Eu entendo que:
Eles já viveram essa história
Em outras épocas
Pq o espírito é Eterno
Exatamente o que penso! Parecia que era a minha, aquela solidão! De outros carnavais, com outras fantasias!
ExcluirO post tem mais de um ano mas ainda assim quero deixar meus parabéns pela interpretação! Muito bom o texto. Sempre achei alguns trechos dessa música meio confusos, agora clareou um pouco :D
ResponderExcluirPoetas escrevem sob efeito de transe. Li isso num livro do Rubem Alves, e concordo. Não gosto de pensar em poesia estátua. A poesia é viva, galera. O cara que escreve, não tem ideia fixa sobre o que vai compor, é claro que há exceções, mas no geral a criação do artista ganha vida própria.
ResponderExcluirÉ difícil diferenciar paixão e cocaína, isso porque elas são muito parecidas. Os dois soltam dopamina, por isso acho que só quem sabe é o próprio compositor. Mas não importa pra que seja. Os compositores conquistam aqueles que se "caracterizam" com suas letras
ResponderExcluirparabéns gostei da interpretação Humberto ele é foda esse cara tem dois celebro
ResponderExcluirparece falar é de solidão e rotina, de quando abruptamente a rotina é quebrada e ele é tirado de sua "zona de conforto"("quando acaba a luz, quando algo nos falta") o que lhe é pedido e ele não pode fazer, é perder as folhas na primavera, ou seja, sair fora do padrão natural, ("quando o bourbon é bom..", canta ao vivo em alguns shows), também de bebida que o alivia desta tal rotina, mas dura pouco tempo e acaba se tornando ela mesma a própria rotina! a guria, era minha/aquela nossa solidão diária! solidão + bebida + musica = piano de bar
ResponderExcluirbom, eu acho né! parabéns pelo blog
Só eu que vejo como se ele tivesse feito para uma alma ?
ResponderExcluirfinalmente nosso futuro chegou esse cara é brasileiro essa é umas das maiores letras da historia da nossa musica é linda é de arrepiar e cabe na alma de cada um e pode defender tempos e historias que convém a quem!
ResponderExcluirMuito boa sua interpretacao, concordo com boa parte das coisas, mas sabe-se que o HG escreveu essa musica para sua esposa, e minha opniao é que ele fala da noite em que a "conheceu", ou uma noite de amor em ambos estavam embriagados. O fogo citado creio ser o efeito do alcool. Afinal os musicos que ele cita em todas as versoes sao conhecidos por falar de amor, como Willie Nelson, Bob Marley.
ResponderExcluirMASSA DE MAIS VALEU ADORO ESSA MUSICA
ResponderExcluirAmo essa música! O texto ficou ótimo, não poderia ser melhor.
ResponderExcluirVejo de forma bem literal, um cara que se reencontra um antigo amor, o relacionamento foi difícil (a luz ilumina e cega) mas ele, apesar de tudo, tenta reconquistar ela(o princípio nun precipício é tentar reatar e o meu corpo que caia diz q ele se joga nesse novo amor antigo)
ResponderExcluirPenso outra coisa. Um primeiro contato com as drogas. Basta substituir guria por cocaína.
ResponderExcluirNo meu ponto de vista, assim como no de todos aqui. Cada um tem a sua interpretação! O próprio autor tem a dele, todos que cantam, com certeza tem sua interpretação. Aliás, achei maravilhosa essa interpretação do blog.
ResponderExcluirNa minha,opinião respeitando de todos acredito que se fala de um amor proibido do qual ele não pode se envolver mais depois ele diga meio que se dane me de seu telefone a solidão seria a carência dele junto com a dela pelo visto eles queriam ficar junto mais sabia que seria uma traição um início do presídio ele caindo em uma ar marinha do qual ele estava achando bom aquela luz da paixão não acontecia sempre mais ele sabia que poderia colocar tudo a perder é virou um vício esta sempre naquele lugar a espera dela .
ResponderExcluirTambém acho que se trata de traição...
ExcluirTambém acho que se trata de um amor proibido - traição. No início a Guria pede pra ele deixar a esposa atual... O que vc me pede eu não posso fazer...
ExcluirEu sempre achei que ele tava falando sobre Cocaína...
ResponderExcluirjá estamos em 2020, nao sei se as pessoas ainda visitam o blog, mas achei a interpretação sensacional.
ResponderExcluirVoces acham que quando ele fala que o ''nada'' precisa de tradução, ou quando cita júlio iglesias no taxi, ele sugere que a guria traia ele ? porque dá a entender isso. beijosss
2020 Kskksk, gostei da interpretação
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